Danças africanas e populares foram os destaques do último dia do Festival

Balé Popular do Recife

Chegou ao fim na noite deste domingo (2), no Teatro do Nascedouro de Peixinhos, em Olinda, a 11ª edição do Pernambuco em Dança. O Festival tem a coordenação geral de Fred Salim e a coordenação de produção de Fred Salim e Dani Bastos. O último dia do evento foi marcado pela apresentação de grupos populares, além da cultura árabe, as danças clássica e contemporânea, o ritmo quente do frevo e por fim, a cultura africana. 


Mais de 1700 pessoas assistiram o Pernambuco em Dança 2011. Cerca de 2000 bailarinos passaram pelos palcos. Foram sete dias de muitos espetáculos. As comunidades do Ibura e do Alto José Bonifácio, no Recife, e de Peixinhos, em Olinda, puderem vivenciar o que tem de melhor na cultura regional com relação à dança. Durante as apresentações, os grupos profissionais e amadores se revezaram e confirmaram: Pernambuco é, de fato, ‘dançante’.

Balé popular do Recife

No último dia, o frevo contagiou a plateia e fez com que todos ‘caíssem no passo’. Pode-se dizer que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, especialmente para o Carnaval. No decorrer do tempo, a música ganhou um gingado inconfundível de passos soltos e acrobáticos. A década de trinta foi um marco para dividir o ritmo em Frevo-de-Rua (instrumental), Frevo-Canção (com introdução orquestral e andamento melódico) e Frevo-de-Bloco (com orquestras de madeira e de corda).

Outro ritmo que também esquentou a noite foi a dança africana. A dança se originou na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros, por isso, é quase sempre uma atividade grupal. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em volta dos bailarinos. Em ocasiões importantes, danças de rituais podem ser realizadas por bailarinos profissionais. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita. A dança africana é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses uma colheita farta.

Cia de Dança Daruê Malungo

Grupo Cultural Artejatos, de Moreno

Para a diretora da Cia de Dança Daruê Malungo, Vilma Carijós, levar o Pernambuco em Dança para as comunidades foi a melhor coisa que aconteceu. “Temos que levar mais cultura para as comunidades menos favorecidas. Nós, da Daruê Malungo, já realizamos um trabalho voltado, principalmente, para a cultura afro.” Ela explica que conversa mensalmente com as mães dos jovens para avaliar como os integrantes estão em casa e na escola. “Nesses 22 anos formando cidadãos, já viajamos até para a Alemanha e a Holanda, onde levamos um pouco da nossa cultura para o exterior”, completou.

Confira as atrações do último dia do 11º Festival Pernambuco em Dança:

1. Criart Cia de Dança. Coreografia: Trecho do espetáculo “Lua Baião”;
2. Espaço Zambak. Coreografia: Folclore árabe;
3. Stúdio de Danças. Coreografia: Valsa;
4. Balé Deveras. Coreografia: Festa;
5. Balé Popular do Recife. Coreografia: Guerreiros, brincantes e caboclinos;
6. Cia Terapia Dança de Salão. Coreografia: ZoukBrasil;
7. Academia Ângela Botelho. Coreografia: Preciso ser;
8. Cia Árabe Hannah Costa. Coreografia: La tortura;
9. Cia de Dança Ferreiras. Coreografia: Desejo, sentimento à flor da pele;
10. A Sós Cia de Dança. Coreografia: O reflexo do Eu;
11. Balé Chegança. Coreografia: Ser tão Só;
12. Cia 8 de Dança. Coreografia: Delírio;
13. Companhia Artística Jovens Encenam. Coreografia: Isso é Pernambuco;
14. Grupo Cultural Artejatos, de Moreno. Coreografia: Afro;
15. Cia de Dança Daruê Malungo. Coreografia: Caxinguelê;
16. Grupo Cultural Estrelas Dançantes. Coreografia: Coco e afro;
17. Balé Afro Raízes. Coreografia: Dança para Iansã.

Grupo Cultural Estrelas Dançantes

Criart Cia de Dança

Stúdio de Danças

Academia Ângela Botelho

Cia Árabe Hannah Costa

Cia de Dança Ferreiras

Balé Afro Raízes

Lu Zambak

Balé Deveras

Cia Terapia Dança de Salão

A Sós Cia de Dança

Balé Chegança

Cia 8 de Dança

Cia Aje

Por Gianfrancesco Mello.

·         Com informações do Blog Danças Africanas e do site Arte e Educação.