quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Festival finaliza a etapa Ibura

Ballet Gonzalez

Descentralizar a dança no Estado. Com este objetivo, o Pernambuco em Dança finalizou, na noite desta terça-feira (27), a etapa Ibura. Diversos grupos profissionais e amadores puderam mostrar a cultura local em diferentes ritmos, estilos e composições.  A 11ª edição do Festival tem coordenação geral de Fred Salim. O evento possui o incentivo do SIC Municipal, por meio do apoio cultural do Hospital Santa Joana. A iniciativa conta ainda com o apoio da Fundação de Cultura/Prefeitura do Recife, além da Água Mineral Santa Clara, Tom Produções, Capezzio e Rede Globo Nordeste. O evento segue na Quadra Poliesportiva do Alto José Bonifácio, na Zona Norte do Recife, até a quinta-feira (29).

Segundo o assessor de cultura da Secretaria de Cultura da Prefeitura da Cidade do Recife, Cleto Machado, o Pernambuco em Dança trouxe crescimento cultural para as comunidades. “Com a criação da política pública de descentralização, todas as classes sociais podem ter a oportunidade de conferir ótimos espetáculos como estes do evento. Com esta nova metodologia, ganhou o Festival e ganhou a comunidade.”

Confira os depoimentos de alguns profissionais sobre a descentralização do evento:

“Estamos contribuindo para a formação de um público diferente, pois, antes, tudo era muito elitista e agora, estamos mostrando a dança para diversas classes”, diz Ruth Rozebaum, professora do Stúdio de Dança.

“O Pernambuco em Dança é um evento que cresce a cada ano. A democratização cultural do Festival, que aconteceu nesse ano, foi muito importante para atingir o máximo de pessoas possível. Sendo assim, a população pode apreciar ritmos diferentes da dança no Estado”, pontua a diretora artística do espetáculo Lua Cambará, Carla Machado.

Lua Cambará


“É muito legal a inclusão do balé clássico nas comunidades, pois este estilo de dança ainda é precário no Brasil e com o Festival, toda a população pode apreciar a dança”, explica Paula Guidini, do Ballet Gonzalez, que representou o diretor Luís Ruben Gonzalez.

“Foi uma grande ideia de descentralizar o evento. A tendência do Recife é pegar a cultura local e levar para diferentes públicos. O Pernambuco em Dança tem uma excelente estrutura e está levando para as comunidades muitos estilos de dança. É a primeira vez que participamos do Festival e pretendemos divulgar a nossa dança ainda mais.” (Leila Nascimento, diretora artística do Grupo Matulão de Dança).

Grupo Matulão de Dança


“É importante ter uma maior inclusão social das comunidades nos eventos culturais. Tudo, muitas vezes, é voltado para o público com maior poder aquisitivo. O Festival traz, gratuitamente, diferentes espetáculos para o público menos favorecido”, pontua Dayvison de Albuquerque, da Cia de Dança Nós.

“É uma grande oportunidade de divulgar a dança nas comunidades, principalmente o balé clássico. Esse tipo de divulgação pode fazer com que muitas pessoas se interessem em praticar o balé clássico”, fala Inês Lima, da Aria Espaço de Dança.

“É interessante esse fato de estar descentralizando o evento, pois, com isso, o público tem mais acesso à dança. Muitas pessoas de baixa renda não têm a oportunidade de ver espetáculos como os que são apresentados no Festival e agora, estão tendo a chance de assistirem diferentes tipos de dança”, enfatiza a bailarina e coreógrafa do Espaço Lu Zambak, Luciana Zambak.

Lu Zambak


“É uma boa oportunidade para as comunidades terem acesso à dança. Nosso grupo é focado na dança africano e também no candomblé. Com o Festival, a população pode entender melhor essa cultura”, esclarece o coreógrafo do Majê Molê, Gilson Gomes.

Majê Molê


“Quando ensaiamos uma coreografia, queremos que muitas pessoas vejam. Com o Festival nas comunidades, além de apresentar o nosso trabalho, a população pode se interessar por fazer parte da dança.” (Diego Ferreira, coreógrafo da Cia de Dança Folguedos, da UR-11, no Ibura).



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