Ballet Gonzalez |
Descentralizar a dança no Estado. Com este objetivo, o Pernambuco em Dança finalizou, na noite desta terça-feira (27), a etapa Ibura. Diversos grupos profissionais e amadores puderam mostrar a cultura local em diferentes ritmos, estilos e composições. A 11ª edição do Festival tem coordenação geral de Fred Salim. O evento possui o incentivo do SIC Municipal, por meio do apoio cultural do Hospital Santa Joana. A iniciativa conta ainda com o apoio da Fundação de Cultura/Prefeitura do Recife, além da Água Mineral Santa Clara, Tom Produções, Capezzio e Rede Globo Nordeste. O evento segue na Quadra Poliesportiva do Alto José Bonifácio, na Zona Norte do Recife, até a quinta-feira (29).
Segundo o assessor de cultura da Secretaria de Cultura da Prefeitura da Cidade do Recife, Cleto Machado, o Pernambuco em Dança trouxe crescimento cultural para as comunidades. “Com a criação da política pública de descentralização, todas as classes sociais podem ter a oportunidade de conferir ótimos espetáculos como estes do evento. Com esta nova metodologia, ganhou o Festival e ganhou a comunidade.”
“Estamos contribuindo para a formação de um público diferente, pois, antes, tudo era muito elitista e agora, estamos mostrando a dança para diversas classes”, diz Ruth Rozebaum, professora do Stúdio de Dança.
“O Pernambuco em Dança é um evento que cresce a cada ano. A democratização cultural do Festival, que aconteceu nesse ano, foi muito importante para atingir o máximo de pessoas possível. Sendo assim, a população pode apreciar ritmos diferentes da dança no Estado”, pontua a diretora artística do espetáculo Lua Cambará, Carla Machado.
Lua Cambará |
“É muito legal a inclusão do balé clássico nas comunidades, pois este estilo de dança ainda é precário no Brasil e com o Festival, toda a população pode apreciar a dança”, explica Paula Guidini, do Ballet Gonzalez, que representou o diretor Luís Ruben Gonzalez.
“Foi uma grande ideia de descentralizar o evento. A tendência do Recife é pegar a cultura local e levar para diferentes públicos. O Pernambuco em Dança tem uma excelente estrutura e está levando para as comunidades muitos estilos de dança. É a primeira vez que participamos do Festival e pretendemos divulgar a nossa dança ainda mais.” (Leila Nascimento, diretora artística do Grupo Matulão de Dança).
Grupo Matulão de Dança |
“É importante ter uma maior inclusão social das comunidades nos eventos culturais. Tudo, muitas vezes, é voltado para o público com maior poder aquisitivo. O Festival traz, gratuitamente, diferentes espetáculos para o público menos favorecido”, pontua Dayvison de Albuquerque, da Cia de Dança Nós.
“É uma grande oportunidade de divulgar a dança nas comunidades, principalmente o balé clássico. Esse tipo de divulgação pode fazer com que muitas pessoas se interessem em praticar o balé clássico”, fala Inês Lima, da Aria Espaço de Dança.
“É interessante esse fato de estar descentralizando o evento, pois, com isso, o público tem mais acesso à dança. Muitas pessoas de baixa renda não têm a oportunidade de ver espetáculos como os que são apresentados no Festival e agora, estão tendo a chance de assistirem diferentes tipos de dança”, enfatiza a bailarina e coreógrafa do Espaço Lu Zambak, Luciana Zambak.
Lu Zambak |
“É uma boa oportunidade para as comunidades terem acesso à dança. Nosso grupo é focado na dança africano e também no candomblé. Com o Festival, a população pode entender melhor essa cultura”, esclarece o coreógrafo do Majê Molê, Gilson Gomes.
Majê Molê |
“Quando ensaiamos uma coreografia, queremos que muitas pessoas vejam. Com o Festival nas comunidades, além de apresentar o nosso trabalho, a população pode se interessar por fazer parte da dança.” (Diego Ferreira, coreógrafo da Cia de Dança Folguedos, da UR-11, no Ibura).
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